Juiz Dredd Megazine oficialmente cancelada

Esta publicação vem com muito pesar para noticiar que, com as baixas vendas, a revista mensal Juiz Dredd Megazine foi oficialmente descontinuada pela Mythos Editora.

Entre 2004 e 2013 o Juiz Dredd ficou afastado das bancas brasileiras, bem como qualquer outra publicação da 2000 AD. A primeira edição da Juiz Dredd Megazine foi publicada ainda em 2013, e com muita tristeza, a revista será encerrada na edição 24.

O motivo do cancelamento são as baixas vendas. A revista já não vende como no início, principalmente as últimas edições lançadas este ano. Os fatores que influenciam esta diminuição das vendas são diversos, como saturação por outras publicações, ausência de interesse do público por materiais alternativos publicados em banca (fora do eixo de editoras americanas como DC e Marvel), etc.

O 2000 AD Brasil surgiu em Abril de 2014 como uma tentativa de aumentar a divulgação das publicações da 2000 AD, bem… no Brasil. Abaixo, confira uma entrevista feita com Pedro Bouça, o editor-assistente e tradutor das revistas e encadernados, responsável por incentivar a criação deste blog e colaborar com informações para notícias. 

2000 AD Brasil: Pedro, sabemos que a revista foi cancelada por conta das baixas vendas. Há quanto tempo essa queda nas vendas vem sido notada pela editora?

Pedro Bouça: Eu não lido diretamente com as vendas, mas já faz um ano que o pessoal da Mythos tem me falado que elas estavam caindo perigosamente. Tentamos reverter a situação, mas infelizmente não deu. A combinação de crise econômica com a violenta concorrência nas bancas foi demais para uma revista relativamente obscura como a nossa.

Qual seria a possibilidade mais esperançosa para o Dredd continuar no Brasil? O que deveria ser feito?

Para a revista em si voltar, agora só se houver um milagre e a crise econômica se reverter. A Mythos está pensando em continuar o Dredd propriamente dito em encadernados, mas isso vai depender muito dos resultados do encadernado do Juiz Morte, que sai nos próximos dias.

Se, no início, imaginasse o que o público pensaria sobre a revista, teria alterado alguma coisa? O que?

Em retrospecto, e por muito que me pese, eu teria publicado apenas aventuras do Dredd e spin-offs da série, deixaria outros títulos para eventuais especiais (como o do Canon) ou mini-séries. Eu queria (e a responsabilidade aí é só minha!) criar uma revista mix de qualidade, em que os leitores fossem atraídos pelo Dredd, que é o único personagem realmente famoso devido aos filmes, ou pelas histórias curtas do Moore e vissem a qualidade do resto das séries.
O problema é que não é mais assim hoje em dia. Por mais que me doa dizer isso, o formato de revista mix está irreversivelmente superado. Se a revista inteira não lhe interessa, o leitor nem tenta comprar mais hoje em dia, prefere esperar para ver se sai encadernado algum dia.
As curtas do Moore, que eu imaginei que pudessem atrair o enorme público do autor, só serviram para que muitas pessoas me escrevessem regularmente perguntando se a Mythos faria um encadernado com as histórias todas! Eu publiquei na revista algumas histórias do Moore que não foram encadernadas nem no Reino Unido (Dredd 16 e 20), mas nem isso os convenceu. Bem, agora não terão nem uma coisa nem outra…

Muitas pessoas reclamam dos preços estabelecidos pela Mythos. Você poderia explicar, se possível, o que influenciou a alteração de preços da revista, os preços dos encadernados, etc?

A revista, para o formato e qualidade que tinha, começou com um preço muito bom. A 2000 AD não faz pacotes de séries por preço baixo como Marvel, DC, Disney e outras grandes editoras, nunca uma revista de editoras estrangeiras menores (como a Rebellion) ou material autoral vai custar tão pouco quanto as dessas megafranquias. NUNCA! E mesmo depois do reajuste e até o encerramento ela manteve um preço bastante aceitável.
Os encadernados são um caso à parte. Eu não sei o cálculo usado para determinar o preço deles ou dos outros encadernados do mercado (repare que mesmo a Panini varia imensamente os preços das suas publicações). Tem a ver com custo de direitos, previsão de vendas, tiragem e outros fatores. Eu só quero dizer que a culpa não é das capas duras. Na prática, a diferença de preço final entre um livro em capa dura e outro em capa mole é muito pequena!

Qual seu maior arrependimento de publicação não lançada com a revista? Quais séries gostaria de ter trabalhado e publicado por aqui?

Muita coisa. A 2000 AD publica 32 páginas por semana e nós tínhamos só 64 páginas por mês para publicar o material que saiu em mais de 35 anos de existência da revista!
Eu gostaria muito de ter publicado Strontium Dog, a outra série criada por John Wagner e Carlos Ezquerra, que já foi a maior rival do Dredd em popularidade na 2000 AD. O problema é que essa série, até por ser desenhada pelo prolífico Ezquerra, que é uma verdadeira máquina de desenhar quadrinhos, tem histórias longas demais! Como você deve se lembrar, nós organizávamos a revista em blocos de seis edições, para não deixar histórias pela metade em caso de cancelamento. Fora o Dredd, que tinha sempre mais páginas, era difícil encaixar histórias longas no espaço que a gente tinha. A última saga que publicamos do Dante, O Grande Jogo, não foi fácil de programar! E Strontium Dog tinha histórias ainda maiores! Não dava mesmo.
Fora isso, eu queria ter publicado mais histórias do grande Pat Mills. Mills para mim é o símbolo vivo da 2000 AD (aliás, não esqueça que ele foi o criador da revista!). Mas a maior parte das séries recentes dele são, como Strontium Dog, compostas por histórias enormes, que seriam complicadas de publicar na revista.

O mercado português ainda vem recebendo as Megazines? Se sim, há um atraso comparado ao Brasil? E você possui alguma informação sobre, com o cancelamento, as edições atrasadas (se estão atrasadas) serão lançadas em Portugal?

Continua saindo sim, com um ano de defasagem. Até onde eu sei, todas as edições da revista sairão normalmente. Os encadernados não costumam ser distribuídos em Portugal, mas o Mega-Almanaque saiu esta semana. O grande problema é que a distribuição em Portugal é irregular e nem todo mundo consegue encontrar a revista, principalmente (e ironicamente) nos grandes centros, que é exatamente o contrário do problema de distribuição no Brasil, onde apenas os grandes centros são bem servidos…

Os atrasos recentes da revista (nas edições 22 e 23 especialmente) se deram por qual motivo? O cancelamento já estava previsto a essa altura?

Na altura do 23 sim, não sei dizer quanto ao 22. Mas não foi essa a razão do atraso. Eu chamo para mim a responsabilidade, por conta de atrasos na tradução. A tradução do encadernado do Morte levou mais tempo do que eu imaginava e a de Halo Jones levou um tempo inacreditável. Isso afetou o nosso cronograma e eu não consegui normalizar antes do cancelamento. Peço desculpas para os leitores!
Mas não teve nada a ver com a decisão de cancelamento.

Algum último comentário? Algo a dizer?

Quando eu precisava que divulgassem a revista, ninguém mexia um dedo (a não ser você, claro).

Por último, como responsável por fazer a revista acontecer (e como fã), o que você diria aos fãs que vem acompanhando a publicação?

Agradeço do fundo do coração aos fãs que nos acompanharam. Posso dizer com toda a sinceridade que a gente tentou fazer a melhor revista possível para os nossos leitores fieis. Obviamente nem todos gostaram de tudo que a gente fez, mas nós sempre tentamos agradar o máximo de leitores.

Como podem notar no texto acima, a Mythos ainda possui interesse nas publicações encadernadas do Juiz Dredd caso “Juiz Dredd nas garras do Juiz Morte” venda bem. O encadernado se encontra em pré-venda no site da editora e em lojas especializadas, como a Comix e Liga HQ!, contendo 240 páginas ao preço de R$79,90. Para informações mais detalhadas sobre as histórias compiladas neste encadernado, clique aqui.

Capa oficial do encadernado

Mas e o 2000 AD Brasil? Bom, o blog continuará vivendo, mesmo com a ausência da revista. A única probabilidade é que as postagens também diminuam de frequência (como já vem acontecendo) devido a outros fatores (pessoais). Ainda existem algumas Megazines para que reviews sejam feitos, bem como A Balada de Halo Jones e os próximos lançamentos do Dredd!

Então continue ligado em tudo publicado com o selo da 2000 AD, e obrigado por acompanhar a revista durante estes dois anos de vida! 

42 comentários em “Juiz Dredd Megazine oficialmente cancelada

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  1. Cheguei já no “fim de festa”. Explico: eu nem sequer sabia dessa publicação da JDM no Brasil. Se soubesse, talvez tivesse colecionado. O fato é que não acompanho quadrinhos há muito tempo e há uns dias estava lendo um encadernado que tenho da Pandora Books, Juízes do Apocalipse. Me empolguei e resolvi experimentar o período grátis de um serviço chamado Social Comics (pra resumir, é um Netflix de HQs). O catálogo não tem Marvel, nem DC. Mas tem algumas coisas do Moebius e as 6 primeiras edições da JDM.

    Desde a primeira edição que li, percebi que o no editorial tinha um tom bem direto, deixando claro que a revista iria continuar se tivesse sucesso. O editor sempre apelava para o pessoal ajudar na divulgação. Era notório o medo (não sem motivo) da revista ser cancelada.

    Mas acho que, enquanto durou, foi muito boa. O Editorial, seção de cartas bem respeitosos com os leitores e usando uma metalinguagem do universo da HQ.

    Quanto ao mix: sou daqueles que tem trauma de mix de histórias. Desisti de comprar HQs do Justiceiro por causa disso. Mas no caso da JDM, tenho que dar o braço a torcer, pois apesar de ainda não ter lido as outras histórias, fiquei interessado na maioria delas. Parecem ser histórias boas e são personagens que você não encontrará em outras revistas nacionais. Ainda assim, haja vista a quantidade enorme de histórias do Juiz Dredd lançadas lá fora, talvez o melhor mesmo seja focar só neste personagem. Acho que cairia bem concentrar 50% ou 75% da revista em histórias de um arco e o restante em alguma história curta, mais clássica.

    Eu gostaria de agradecer a Mythos e os editores responsáveis, pelo que conferi até o momento foi um trabalho muito bom que fizeram. Se erraram na estratégia de negócio ou algo assim, acho que não foi por má fé. Por mais que o mix “diluísse” um pouco o personagem Dredd, eram histórias, no mínimo, interessantes. Vou continuar lendo o material disponível na Social Comics (eles tem até a JDM 6). Depois, vou ver se encontro outras edições ou encadernados.

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  2. Novidades estão rolando…. Completei minha coleção de Capitão Z Apresenta Ano 2000 ! Meu Judge Death da 3A está a caminho…. e também a 3A vai lançar o Judge Dredd no dia 26…

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  3. Pô, sacanagem! Mais uma vez bons quadrinhos não sobrevive neste país. A Pandora Books, a Ediouro,a HQM,e a PIXEL, todas elas trouxeram excelentes materiais e não aguentaram o tranco.E agora a Mithos. O bom Juiz era uma das pouquíssimas revistas que eu colecionava.Eu entendo que essas porcarias que a Marvel e a DC publicam ( com exceção de Miracleman) fazem a cabeça dessa garotada sem senso crítico de leitura e até porque existe todo um marketing envolvido (filmes, brinquedos ,jogos,etc.),mas também acho, que,apesar da situação econômica do país, faltou mais propaganda e divulgação desses materiais.Uma pena.

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  4. Eu gostava da revista, boas histórias do Juiz, e as outras também ótimas histórias. Mas convenhamos, aumentarem o preço de capa de uma revista mensal, de 10,90 para 17,90 é pedir pra tomar tufo, ainda se fosse em um material mais de luxo, mas é simplesmente uma revista mensal. Comprei a última edição de luxo por 79,90. Absurdo total ! Simplesmente pagaram as histórias e atiraram ali, quando se compra um material nesse preço, espera – se pelo menos uma meia dúzia de extras… Bom senso meus amigos, não é atoa que a panini ta monopolizando tudo.

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    1. Na verdade o reajuste da revista mensal foi de 10,90 para 12,90. A última (e exclusivamente a última) edição que saiu custando 16,90.

      Sobre os encadernados, Origens e Mandroide possuem extras, talvez pelo fato de serem encadernados já publicados lá fora. O encadernado do Juiz Morte é exclusivo do Brasil, então talvez não daria para colocar Extras.

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  5. Haters gonna hate forever.
    Estava vendo os preços das revistas especiais da Marvel e da DC, e tenho achado os preços dos especiais da Mythos um tanto quanto razoáveis, até. Pelo fato de ser algo de excelente qualidade gráfica, impresso em material realmente bom e de capa dura. Vejam bem, tudo subiu de preço nos últimos 18 meses, basta ir ao mercado, à farmácia ou parar para abastecer o carro. Também subiram os preços de entretenimentos, como cinemas, livros, jogos eletrônicos e coisas do gênero. Uma coisa leva a outra.
    Pensando nisso parei em uma banca sábado e peguei alguns capa dura da Marvel, aquela série Noir, e essa seriezinha meia boca estava custando exorbitantes R$38,90 por 40 páginas. Em 2013 eu comprei o Justiceiro Noir vol.1 por R$22,90, e me arrependi. Apesar de ser fã do Justiceiro, essa HQ me decepcionou, por ter um enredo fraco e mal elaborado. Não é de todo ruim, mas é meio “ahnnn ok”. Mas, pasmem, tinha gente comprando os outros Noir. Tem gente comprando todo mês, montando coleção disso. Dessa série e de muitas outras. Outro exemplo na mesma banca foi um especial do Homem Aranha, brochura, por 30 reais. tem gente comprando essas coisas.
    Puxei na memória que lá em 2008 a edição fantástica da Conrad para o Sandman era cara para a época. Se não me engano custava quase de R$60 direto no site, e como eu ganhava pouco me assustei, acabei não comprando. Só que a Conrad vendeu tudo, não vi quase ninguém reclamando do preço, e quando reclamava comprava mesmo assim. Hoje cada volume está valendo pequenas fortunas nas mãos de colecionadores – vi o vol.1 à venda outro dia por módicos R$350 na internet. Mais um arrependimento na minha vida quanto a HQs de qualidade. Anos atrás saiu um encadernado “volumão” do Sandman, mal feito, distribuído e jogado de qualquer jeito nas livrarias, e ainda mais caro que antes. Resultado? Vendeu mesmo assim. Quaaase comprei, mas deixei lá no momento de gerar o boleto. Ainda bem.
    Mas o preço da Mythos para especiais é baixo, então? Na verdade não é. Eu disse que me parece razoável, e exatamente por isso acredito que com um pouco de boa vontade dá pra comprar os especiais, ler e guardar com carinho em algum lugar bem cuidado. Pode ser o especial do Juiz Morte, Halo Jones, Hellboy, Conan, ou qualquer outro.
    O que eu quero dizer com isso? Que brasileiro reclama de barriga cheia, e quando a fartura diminui fica choramingando porque essa ou aquela publicação foi cancelada, e acaba ficando com as mesmas opções de sempre: Batman, Superman, Spiderman e X-Men. E aí reclama da pouca diversidade, da baixa qualidade dos títulos, etc e tal e acaba clamando por publicações como a Heavy Metal e a 2000AD, ou outras.
    É. Hipocrisia total.
    Eu que não vou cometer o mesmo erro de novo. Garanti todos volumes do Dredd, do Conan, alguns livros e outras publicações especiais direto na Mythos.
    Falta só o Groo e Conan, que esgotou, mas me foi dito que vai ter nova tiragem.
    Enfim, é só um desabafo de como brasileiro é tapado pra comprar coisas e gosta de ir na onda do mais vendido… Infelizmente.

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  6. Uma pena o cancelamento. Era uma das minhas revistas preferidas, inclusive por ser um mix com baixo peso de cronologia. Mas mais uma vez estranho a acusação de falta de apoio externo, repetindo as reclamações feitas pelos responsáveis da HQM quando do cancelamento da linha mensal da Valiant no Brasil. Obviamente não sei das avaliações internas, mas nas entrevistas vejo pouca autocrítica e nenhuma avaliação objetiva de mercado e de planos e estratégias de marketing. Todo mundo errado menos eu, de novo? E no final das contas, menos um gibi diferente rodando por aí.

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  7. Chateado! A JDM foi a revista que me fez voltar a comprar uma mensal em banca e por 2 anos foi a única que comprei, como é a única que compro levei todos os encadernados sem reclamar do preço… Só acho que se forem depender das vendas desse outro encadernado JD X Aliens X Predador deram um tiro no pé… Esse material é horrível e eu vou passar longe (sem falar que já tenho as antigas edições da mythos) e se não imprimiram ainda seria melhor cancelar. O Juiz Morte já vou garantir o meu pra fechar a coleção,mesmo achando que já saiu tudo pela Pandora o formato vale a pena. Espero muito que saiam outros encadernados do Dredd, agora é esperar pra ver. E os outros personagens encontram seu fim no Brasil… Não é por nada não… Mas que povo burro, meu.

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  8. Será que existe a possibilidade de publicação do Mega Almanaque em uma espécie de segundo volume. Comprei o primeiro e gostaria de comprar o resto do que foi publicado.

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  9. Antes de tudo, parabéns pelo blog! A JD Megazine era a única revista de hq que eu ainda comprava na banca. Acho que o o mix era muito bom! Era bem melhor que a edição brasileira da Heavy Metal que saiu aqui nos anos 1990, e um pouco abaixo do nível do que eram a Animal e a Circo nos anos 1980. O que eu não gostava na revista eram alguns lances na tradução que a pretexto de “atualizar” as histórias, descaracterizavam as obras, por exemplo, citar o “Gangnam Syle” em uma HQ do Moore feita nos anos 1980. Também achava ridículo usar aquela gíria inventada pelos tradutores, “mutuna”, para se referir aos mutantes que viviam no deserto nas hq do Dredd.
    O que vejo é que as editoras querem divulgar as publicações, mas sem tirar dinheiro do bolso para gastar em publicidade. E olha que havia outras maneiras de promover a revista:
    1. Anunciar em rádios com a música “I am the Law” como trilha sonora;
    2. Anunciar nos intervalos comerciais de exibições de filmes do Dredd em canais pagos;
    3. Distribuir gratuitamente um preview na entrada de estações de trem e de metrô;
    4. Montar um quiosque em shoppings com promotores fantasiados de policiais de Mega City.
    Estou delirando? Talvez, mas acho que precisamos pensar fora do convencional para concorrer com scans na internet, videogames e celulares.

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    1. Mutuna tem uma longa tradição nas traduções! Já usavam nos X-Men. É tradução do “Mutie”, uma corruptela de “mutant” no estilo do “commie” que os gringos usam para “comuna”.

      Essa tradução foi inventada muitos anos atrás pelo meu querido amigo Jotapê e eu mantenho em homenagem a ele!

      Já o Gangnam Style eu lavo as mãos, não estava na minha tradução original…

      As sugestões de publicidade são boas, mas tudo isso custa dinheiro. BASTANTE dinheiro em certos casos! As editoras de quadrinhos operam com margens de lucro baixíssimas. É muito complicado. Tanto que você não vai ver nenhuma delas fazer algo assim.

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  10. Mythos seguindo a mesma cartilha da HQM, e colocando a culpa nos outros pelos próprios erros. Encadernados caríssimos, site cheio de problemas, atendimento pífio, embalagens péssimas (minha dredd chegou completamente amassada na última compra, e tive que ameaçar ir ao PROCON para que enviassem uma nova). Uma pena, a revista vai fazer falta na mesmisse que impera nas bancada hoje.

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  11. Cara, acabei de lançar um canal do YouTube e tem 30min que postem um vídeo rasgando elogios pra Dredd Magazine, aí levo essa facada, putz, muito triste. Quem quiser dar uma conferida procura Pelas barbas de Odin, no face ou no YouTube.

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  12. caramba, que triste. comprei todas as edições que saíram – e olha que a distribuição era relativamente tranquila aqui em Manaus (AM), chegava em várias bancas – e achava o material bastante diferenciado. recentemente, parei de acompanhar um monte de mensais e uma das poucas que sobrou foi a JD Megazine. É uma pena que não tenha perdurado, mas acho que cumpriu sua função – trouxe artistas, abordagens, histórias e temas novos. E espero que esta não seja a última vez que tenhamos algo da 2000 AD por aqui (vi que existe todo um universo a ser desbravado nas obras publicadas pela editora…

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  13. Ué? Só o Gabriel ajudava a divulgar? Pq será? A falta de visão era tanta q queriam SELECIONAR o público (não a editora como um todo), assim como aquelas editoras hippies que acham q só quem se encaixa no seu universo pessoal de conhecedores de HQs merecem usufruir de suas publicações (sim, existem vários desses). Vejam só, a revista foi cancelada e o canal CENTRAL HQS (que tem se expandido cada vez mais), esnobado pelo Pedro Bouça (tido como um canal porcaria), continua firme e forte, inclusive com mais de 20 editoras parceiras, loja de hqs, autores independentes, playarte, e em negociação uma marca de cerveja artesanal e uma loja de camisetas personalizadas… hummm, talvez estejam todos errados (Panini, JBC, Quadrinhos na CIA, Aleph, Veneta…), e sem visão de mercado não é mesmo? heheheheh Inclusive fiquei muito feliz qdo um editor postou um vídeo do canal no seu perfil pessoal elogiando minhas resenhas.
    E o mais interessante, fazendo tudo apenas como diversão… 🙂
    Só sei q tem um monte de “entendedores de hqs”, q vivem naquele mundinho fechado de “compra o meu q eu compro o seu”, q estão espumando de raiva com o crescimento de alguns canais de quadrinhos. Afinal, como pode uma galera q não pertence ao mundinho pessoal deles fazer sucesso com o q eles trabalham (ou tentam trabalhar)?
    Não, o Central HQs não é o salvador da lavoura, longe disso, mas é interessante notar algumas reclamações como “falta de divulgação”, não é mesmo? Felizmente tantas outras acreditam no canal. Como diriam: CHOLA MAIS.
    E não, não fiquei feliz com o cancelamento, mesmo não comprando Megazine, era uma material diferente pros leitores…
    Agora os encadernados da Mythos… PQP… são sim caros e com preços injustificáveis. Esses eu torço que ENCALHEM pra daí sim pegar numa promoção.

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  14. Só não entendo como o povo abandona um material de qualidade ao preço de 12 reais, seá que esse dinheiro faz tanta falta assim ? Pessoal paga muito mais em encadernados com material duvidoso Marvel/Dc.
    Acho que a Mythso deveria pensar em mini-´series no formato da revista, talvez seja mais viavel do que encadernados de 80 reais. Se nem a revista o povo compra…

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    1. Tb acho q 12 reais estava ótimo. Não gostava de todas as histórias, e o lance de publicar um pouco uma, dai esperar várias edições para continuar com aquele título, era algo no mínimo estranho. Digo isso pq, ou vc faz para um público que já conhece o quadrinho, já sabe como funciona, ou faz de modo a acolher os interessados, aqueles como eu , acostumados com os quadrinhos da marvel e dc, e que cansaram destas editoras.

      Por mais que não tenha me interessado em Dante e Slaine (mesmo sabendo o potencial deste ultimo), acho q a escolha de quadrinhos diversos para compor a revista não foi muito interessante.. Os encadernados são caros sim, e imagino que poderiam ser no minimo uns 10 ou 20 reais a menos. “Origens” está 70 reais na Mythos. O importado, 20 dólares, ou seja, não está muito longe disso. Contudo, isso seria justificavel se a editora estivesse comprando importado e revendendo pra gente. Mas eles tem um preço menor pra trabalhar. Importar, com frete incluso, fica 1 real mais barato!!

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  15. Quando eu estava voltando a comprar quadrinhos regularmente, depois de quase uma década, essa revista apareceu nas bancas. Foi a ocasião ideal pra voltar a acompanhar uma revista desde o começo, ainda mais uma revista de um universo tão diferente do habitual, que eu só conhecia como sendo o “berço” de vários escritores e desenhistas que admiro, e do Dredd claro.

    Apesar dos altos e baixos, eu, que sou um colecionador desleixado que desapega fácil das coisas, resisti fielmente e acabei comprando praticamente tudo o que saiu da 2000AD pela Mythos. E isto só foi possível pela qualidade superior do material, que dá uma surra na concorrência! Mas infelizmente poucos se dispõem a sair da sua zona de conforto e se arriscar numa leitura de algo diferente do que está acostumado. Só há de se lamentar que este tipo de material alternativo e de qualidade estará invariavelmente fadada ao fracasso em nosso pais!

    Queria deixar um enorme agradecimento ao Hunter, quem acompanha ele pela net sabe o esforço gigante que ele faz pra trazer e divulgar o que realmente vale a pena ser publicado. Eu sei que deve dar um desânimo monstro publicar no Brasil, mas Hunter, não desista jamais!!!

    abs

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  16. Quando a revista foi publicada e percebi que ela estava vingando, tive até a esperança que a Mythos trouxesse a Heavy Metal Fantasy Magazine para o Brasil. Doce ilusão…

    O fato é que a galera está muito vidrada em Marvel e DC. Tentei convencer alguns amigos a colecionar, mas é difícil.

    Agradeço o Pedro Bouça por tudo o que ele fez, valeu, mano!

    E você também, Gabriel (AcoyShujo), seus textos são melhores que muita resenha de site “profissional” (os mesmos que não divulgaram a JDM direito…)

    Quanto aos bitolados em super-heróis, só tenho uma coisa a dizer: VAGAIS!

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  17. Fico muito triste com o cancelamento da revista, tenho a coleção completa. Agora com relação aos preços exorbitantes que a Mythos cobra em seus encadernados, aí a história é outra; se vc vende em banca a tiragem não é tão pequena que venha a justificar esses preços. Este encadernado do Dredd por exemplo a 79,90 é brincadeira, vc compra outros excelentes títulos em encadernações similares por preços menores.

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  18. Acho que se fossem apenas histórias do Dredd o resultado seria o mesmo. Era um mix de muita qualidade, mas eu mesmo comecei a acompanhar e depois parei, visto que não conseguia manter o ritmo mensal de leitura e as revistas estavam se acumulando. Parei com todas mensais que acompanhava. Na minha opinião um dos problemas das baixas vendas é que a 2000ad não faz parte dessa “moda nerd” que vivenciamos, visto que seus personagens não estão em mega produções cinematográficas. As histórias da 2000 ad são mais conhecidas pelo público que busca qualidade em materiais diferentes, assim sendo (Na minha opinião) um material mais “cult” ou para alguns nichos. Quem compra HQs sabe como sai cara a compra do mês com os muitos encadernados da Panini, os caros encadernados das outras editoras, mangás, mensais e etc. Realmente não achava uma revista cara. Fico triste pela “morte” de uma iniciativa bacana, mas eu já achava que não duraria no mercado brasileiro. Só espero que a Mythos continue com ótimos encadernados do Juiz, selecionando as melhores das melhores histórias.

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    1. Eu lembro! Falei isso em um contexto maior. Tem N lugares que só falaram na revista para comunicar o cancelamento…

      Mas é mais porque quando sai um número aqui em Portugal quase todos os sites (e são bem poucos!) noticiam. Por aí, só quando foi o lançamento da revista e olhe lá. Eu toda a semana faço uma busca para ver se alguém fala da revista e toda semana me frustro…

      Por acaso esta semana não, um cara de quem eu nunca tinha ouvido falar fez uma resenha ótima do especial Democracia:
      http://www.pautalivrenews.com/quadrinhos/juiz-dredd-megazine-especial-democracia/

      Aliás, esse especial é um bom exemplo. Foi de longe uma das nossas edições mais resenhadas, vi umas três resenhas online, todas positivas! Pena que todas saíram bem depois da publicação…

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  19. NAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO!
    Uma pena mesmo!
    Mas a distribuição e o marketing pra esse tipo de publicação são muito caros e complicados de se fazer.
    Uma vez assisti uma palestra do meu curso de jornalismo, com um dos diretores do Estadão, e ele disse que pra empresa sai mais barato pro jornal NÃO ENVIAR publicações pra um assinante que more em Limeira, do que ter esse assinante no seu catálogo de clientes. Mas por uma questão de atendimento ao consumidor e honra, eles enviam, mesmo perdendo dinheiro nessa brincadeira.
    Imagino que deva ser assim com a Mythos também, porque nunca vi nenhuma banca ou livraria vendendo a Juiz Dredd aqui em Limeira. Tanto que nunca consegui comprar. Nunca TINHA conseguido, melhor dizendo. Pois ainda bem que fiz a encomenda essa semana de TODAS as revistas do Dredd e mais algumas publicações, direto na editora, através da livraria do meu irmão, a Kyrios Online.
    Acoyshujo, meu caro, me responda sinceramente: Com o cancelamento da publicação você acha que eu corro o risco de tomar calote? A editora é séria, eu sei, mas há casos sombrios quando isso acontece, e o valor, pra mim é alto.
    Valeu!
    E, por favor, não pare o blog. A gente ama ele ^^

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  20. Discordo, era o mix que me atraia, infelizmente acho que a baixa venda se deva realmente ao fato de que hoje o mercado brasileiro é dominado por 2 ou 3 grandes franquias, Toda a nova geração que está ai simplesmente desconhece qualquer coisa fora disso. Não estou nem contando a crise que tb abala muitas editoras devido a concorrência digital.

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