[Review] Juiz Dredd Megazine 12

Com o 2000 AD Brasil completando um mês de existência em alguns dias, está na hora de inaugurar um tipo de postagem que será um costume obrigatório: o review da Juiz Dredd Megazine do mês, que por sinal está completando um ano de vida. [SEM SPOILERS]

Inicialmente, o primeiro fator que deve ser analisado é a capa desta edição. As capas da JDM são artes de diversos desenhistas, e o artista deste número é Simon Bisley. Este volume possui uma das capas mais bonitas até o momento, e sem chamadas muito exageradas, tornando-a limpa e agradável. Ponto positivo. A Mythos está caprichando em suas escolhas, pois poucas capas foram medianas até o momento.

Infelizmente, a Juíza Anderson não aparece nesta edição. Quem sabe no futuro?

O editorial deste mês, escrito por Helcio de Carvalho, comenta as indicações ao Troféu HQMIX. Como o texto foi feito antes da divulgação da lista definitiva de concorrentes, ele está desatualizado, já que usou como base somente os pré-indicados (e a lista sofreu alterações).

Sem mais delongas, confira abaixo os reviews de cada história desta revista:

Clássicos do Juiz Dredd – Macaco no Sótão (Parte 3)
Roteiro: Garth Ennis
Arte: John Higgins
Publicada na edição 205 da Judge Dredd Megazine (2003)
Encerrando arco que teve início no número dez da JDM, Garth Ennis se prova competente. Apesar de existir um catálogo com histórias e arcos de qualidade duvidosas escritos pelo autor, Macaco no Sótão não é uma dessas. O final foi muito satisfatório, e especialmente esta parte mostra como o Dredd é implacável seguindo a lei, mas que também possui um lado humano/emocional em certos momentos. A arte de John Higgins é boa, e o padrão é o mesmo das partes anteriores.
Nota: 9

 

Choques Futuristas de Tharg – A volta do Cérebro Duplex
Roteiro: Alan Moore
Arte: Mike White
Publicada na edição 209 da 2000 AD (1981)
Seis edições após a primeira aparição de Abelard Snazz (o Cérebro Duplex) no Brasil, este personagem excelente está de volta. Devo confessar que as duas histórias publicadas até o momento foram ótimas, com o humor estranho e divertidíssimo de Alan Moore presente em ambas. Se a cada seis edições a Mythos decidir lançar uma história do Duplex, será um costume muito legal. A arte de Mike White é bem detalhada, o que torna a leitura ainda mais agradável. E um fato curioso é que existe uma cronologia: mesmo sendo parte dos Choques Futuristas esta história continua de onde a anterior havia parado. A ‘resolução do problema’ desta vez também é muito simples, e isso não é algo ruim para um roteiro desse tipo.
Nota: 9

Nikolai Dante – Duelistas de Moscou
Roteiro: Robbie Morrison
Arte: Simon Fraser
Publicada na edição 1072 da 2000 AD (1997)
Após uma história curta e muito fraca na edição anterior da JDM, o trambiqueiro Nikolai Dante volta em grande estilo! E mais uma vez, a teoria de que as melhores histórias deste personagem são desenhadas pelo Simon Fraser se confirma. Apesar de ser uma história longa (a maior desta revista, diga-se de passagem), ela não perde o ritmo. A empolgação da leitura se estende até o final, graças ao roteiro interessante criado por Robbie Morrison, que tem um início muito legal e um final digno. O humor superou todas as histórias anteriores, com cenas bizarras e divertidíssimas. Além disso, o ‘universo’ foi expandido um pouco mais, apresentando casas de outros locais do planeta. O Czar está mais do que confirmado como o personagem mais cruel e desgraçado desta série, e a arte de Fraser merece aplausos por estar mais bela do que nunca.
Nota: 10

Choques Futuristas de Tharg – O que é um nome?
Roteiro: Neil Gaiman
Arte: Steve Yeowell
Publicada na edição 538 da 2000 AD (1987)
‘O que é um Nome?’ é o terceiro Choque Futurista escrito por Neil Gaiman a ser publicado na JDM. Apesar desta história ser a mais fraca nesta edição (as anteriores eram tão fracas quanto), ela não é ruim. A ideia é ótima, e o desenvolvimento também é interessante até o final. A arte de Steve Yeowell (sim, o artista de Zenith, que você pode ler o review da Fase Um clicando aqui) não é um espetáculo, mas cumpre o objetivo. Ainda estou no aguardo de uma história excelente e nota dez escrita para a 2000 AD pelo sensacional Gaiman.
Nota: 8

 

Juiz Dredd – Como ter sucesso nos negócios
Roteiro: Alan Grant
Arte: Dave Taylor
Publicada na edição 223 da Judge Dredd Megazine (2004)
Encerrando a mensal, esta história do Juiz Dredd é muito intrigante. O personagem apresentado por Alan Grant gera uma vontade de querer saber mais sobre ele (bem como a primeira aparição do Stan Lee), provavelmente em uma história futura. A arte de Dave Taylor (mencionada aqui) é belíssima e muito detalhada, e também possui cores muito vivas que lembram bem o estilo do Moebius. Vale dizer que esta história é bem violenta (assim como a terceira parte de Macaco no Sótão). A única (e mínima) crítica fica por conta dos ‘cabeçalhos’ um pouco confusos em certas partes. Nada que comprometa a qualidade geral.
Nota: 9

Após comentar todas as séries, alguns extras: o preview do próximo mês não menciona a estreia de Rogue Trooper (ou Renegado, como será chamado Brasil). SláineÁrea Cinzenta Distorções Temporais voltarão no mês seguinte, mas parece que Nikolai Dante tira férias no próximo número (nada assustador, visto que uma história tão longa e excelente foi publicada nesta edição). Como de costume, a edição 12 encerrou (de uma forma incrível, se tornando uma das melhores edições até o momento) todos os arcos (já que a Mythos trabalha com contratos de seis edições, essa é uma precaução que deve ser tomada), e novas sagas devem começar na edição 13, e quem sabe durar até a 18 (onde o contrato de seis edições expira mais uma vez).

O especial Juiz Dredd Apresenta: A Lei de Canon está sendo divulgado na contracapa da revista, e em breve deve ser lançado. Um review com spoilers será publicado no blog assim que o material for devidamente lido e analisado.

O formato dispensa comentários, já que é sempre o mesmo: 20,5 x 27,5 cm, 68 páginas, miolo couché, R$ 10,90.

Nota final: 9,0/10
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9 comentários em “[Review] Juiz Dredd Megazine 12

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  1. Tenho curtido bastante a JDM, pena que há uma demora tão grande entre o lançamento da edição em bancas e a edição digital no Mais Gibis, que é onde compro.

    Lá estamos na 07 ainda…

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    1. Acho que a demora para lançarem as edições digitais é proposital. Precisam garantir o escoamento da revista impressa, e a distância entre os números disponíveis no Mais Gibis e nas bancas é pra isso.

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  2. Pelo o que eu andei pesquisando, o Neil Gaiman escreveu muito pouco pra 2000AD, apenas 4 histórias. Então só mais uma e a Mythos não vai poder mais usar o nome dele na capa 😛

    Curtido por 1 pessoa

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